quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ex-presidente do Inep, revela que trocar vestibular pelo Enem é uma ilusão




O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) cria nos estudantes a ilusão de democratização do acesso ao ensino superior. A afirmação é do ex-presidente do Inep (instituto do Ministério da Educação responsável pelo Enem) Otaviano Augusto Helene, que assumiu o cargo em 2003, no início do governo Lula.
Ao transformar a prova em algo similar ao vestibular, há benefício para os alunos - eles podem disputar vaga em universidades públicas sem ter gastos com viagens e hospedagem. Entretanto, a vantagem é dada pela metade, afirma o professor.
- O benefício é apenas parcial, porque as universidades onde a concorrência é alta não usam o Enem totalmente. O candidato vai ter que continuar viajando para todos os lugares onde estão as instituições, para fazer o vestibular. O Enem simplifica, mas não de todo.
Instituições tradicionais como Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e UFBA (Universidade Federal da Bahia) não abrem todas as suas vagas pelo Enem. A Universidade Federal do Paraná, por exemplo, abre somente 10% das chances pelo exame. Os alunos acabam sendo levados a crer que conseguirão ingressar em cursos de alto nível, quando muitas vezes as carreiras são recém-criadas, pequenas ou de baixa procura, diz ele.

Fonte: R7

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